Que olho ou vou (remo) vendo.
Segredos não mentiras.
Conservam a memória do frio, a memória do calor.
Porque me será esta apetência e este falar delas e com?
Dos veios, dos tempos, dos pés - dos princípios do mundo me sinto.
Tão nua e marcada como uma delas.
3 comments:
Tens toda a razão: as pedras, como as estrelas, são a essência da memória.
E da estabilidade. Não são volúveis e guardam todos os segredos. Só soltam os que a nossa imaginação revela ou aqueles que nós depositamos nelas.
Têm o chamamento da terra como se fossem permanentemente chamadas para o seu centro.
De certa forma são a solidificação dos sonhos.
E talvez sejam o elemento terreste mais digno de confiança.
Tenho várias, de vários sítios.
Muitas roladas pelo mar, cheias de histórias. Lisas e nómadas, vítimas da violência doméstica do mar.
É engraçado que enquanto estive doente e de férias,estive horas seguidas a trabalhar acerca delas, com elas, a utilizá-las como metáforas: ouvia-as e semearam-me.Desafiaram-me.Provocaram-me.
Infelizmente,ou felizmente, agora, tenho falta de tempo para as traduzir sem freios. Como gosto.
E pois, também me sinto nua. Muito para lá do que revelo.
Lindo, este teu.
Beijinhos
São as raízes, a origem,o mistério. São a beleza que os teus olhos nos dá a ver...
E são tão lindas mostradas através dos teus olhos!
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