Thursday, June 24, 2021

(des)Laços

Hoje estava a pensar (a minha mania) nas pedras. Aqui estava uma em frente, de 2005, um quartzo róseo, de Monfortinho, acho que me lembro do gesto de me baixar para a apanhar. Outra diz Algarve 2009 e é feita de conchas velhas incrustadas. Andam por todos os lados, gavetas e recantos, bocados de terras onde já não irei. Hábito de inúmeras ocasiões, pesado. Penso que, este hábito, tem a mesma idade das caixas e caixinhas e fotografias e escritos. Uma espécie de esqueleto invisível que segura a carne do espírito, da parte palpável, pelo menos. Agarro-a-pedra-agarro-o-espírito, da época.

E de (des)laços se vai fazendo este tempo vago entre as gentes que outrora se conheciam e davam. Sinto agudamente que estas realidades da doença, do medo, do contacto, torna muito distantes, muito mais distantes, os conhecimentos de antigamente. E não cria novos. 

Do deserto também tenho uma "rosa", algures.

A lembrança das pedras que se vão semeando pelos caminhos pessoais, faz-me dar a volta a lugares. E ilhas negras, memoráveis.






 E as inscrições, o som das pedras em Penha Garcia, muito mais antigas que a lava na Ilha de La Palma.







Um dia há tempos, comecei a tarefa de as escolher e deitar fora as mais "impessoais". Alijar alguma da  carga.

As outras... vão ficando. Quem as deitará ao lixo?


Thursday, June 17, 2021

Férias de Maio

Parte um? Não sei.

A sensação ao voltar, desta vez de um vôo mais pequeno, é de:

Pena, de um sítio tão bonito já tanto e tanto descaracterizado


 Promessa, dos figos ainda verdes: será que os vejo maduros?

Sorriso, de encontrar as violetas em vazo antigo, floridas harmoniosamente, como saudação

A casa é um sítio seguro, dos cantos conhecidos, apesar de.