Thursday, March 31, 2011

Um repentino


(este é mesmo para mim-lembrança de alguma claridade)

Que se vir uma pequena luz ao fundo do túnel
não a devo desperdiçar
por nada nem ninguém!

(em utopias de utópicos futuristas)

Wednesday, March 30, 2011

Contudo, e quase sem nada




... penso ainda que virá um barco com peixe
a rir-se a gente
a vela solta ao mundo do vento
e traz novas de meus amigos

ponho-me à escuta das águas
com os olhos numa estrada
difusa e sem peso

onde só eu posso caminhar
em pensamento
OU
onde eu só posso caminhar
OU
onde só o pensamento pode caminhar

Saturday, March 26, 2011

Do não-esquecimento

Nenhuma água lava a mágoa

a cancela em baixo
os ladrões do tempo
os muros onde amorosamente me encostei


Não perdôo o roubo de tantas horas felizes
que me fizeram alguns alguéns

por maldade, poder, fingimento

nada as trará de volta

Monday, March 14, 2011

Ninho


Hoje pensava num lugar, numa casa na árvore
ou, não podendo ser como nos filmes,
a ver árvores, perto.
Onde os pequenos rebentos pudessem ser acariciados, espreitados a ir crescendo.

E num momento, apareceu-me esta fotografia: tirada há precisamente dois anos.