Monday, July 30, 2018

Há mais marés que marinheiros

... e há muitos dias, demasiados, "assim".
Em que a maré vaza e o entardecer dos tempos, como a idade e os acontecimentos, sem agrado nem apelação,
me impedem de ver as belezas no dia de hoje.
Volto atrás.

 Se penso em distanciar-me,


recuo.

Sunday, July 22, 2018

Os cartazes (recuperados) algures

Não só as paisagens
não só as comidas as flores as cores.
Há pequenas coisas, apontamentos, que acontecem e é como se visse/encontrasse gente amada e conhecida.
Assim foi nesta viagem de jardins. Isto no restaurante onde o sarrabulho é feito como sempre e parar lá, à beira rio, comer e descansar os olhos, é como sair (dos prédios), tempo e espírito voando, para trás.



Tal o tempo destes cartazes, da esperança, do muito trabalho e entrega, das horas altas da noite, dos segredos, idas e vindas. Abril 1974 em diante, um fulgor.
Hoje, um pouco dobrados estamos todos mas que haja alguém que recorde.
Num lugar improvável, fiquei feliz por os encontrar.


Sunday, July 8, 2018

Coisas de Lisboa

Nas passagens, ou como se usa para proteger as dunas da praia onde desagua a memória, "nos passadiços" de mim, vou cobrindo as noites, vou cobrindo as claridades.

Com coloridos do mundo
Pouco ouvindo e pouco falando, os meus olhos adquiriram uma maior acuidade e algures no meu cérebro são arquivados os slides momentâneos, as imagens, como uma corrente. Para trás, muitas pontas soltas, tantas vezes recuperadas nos sonhos, nos intervalos solitários.
Queaquivêm. Ou vêem.

Com doçura, escolho os pássaros da menina, imaginados há tempos, há quase um ano, de passagem por Mértola

Procuro uma tartaruga simpática, encontro os peixes a rir.
Viajo pelos sítios que conheci e pelos que nunca conhecerei.
De passagem rápida na FIA, Lisboa.
(à procura, sempre procurando as chinelas japonesas Zari Tatami que, tal como as sabrinas, fazem parte do meu imaginário de simplicidade).