Hoje pensava num lugar, numa casa na árvore
ou, não podendo ser como nos filmes,
a ver árvores, perto.
Onde os pequenos rebentos pudessem ser acariciados, espreitados a ir crescendo.
E num momento, apareceu-me esta fotografia: tirada há precisamente dois anos.
4 comments:
A paz das coisas eternas: as árvores a acordarem, os pássaros a tratarem de formar uma família.Aqui anda tudo numa azáfama:)))
A beleza da Vida.
Os ninhos são clausuras, ou refúgios, de arquitectura fascinante. Berços altivos de quem tem vocação para o voo. Para os voos.
E as árvores são pontes dignas entre o céu e a terra.
Quanto a casas, meteu-se-me na cabeça fazer uma espécie. Tábuas de andaime e um telhado em fibra de vidro entre os braços de uma velha figueira.
Sentava-me lá na intenção de parar todos os pensamentos: ficar vazia só a olhar a paisagem.
Com o tornado de houve há dois anos, a figueira foi arrancada pela raiz.
Tanto a "casa" como a árvore, pareceram-me então os cadáveres de um sonho.
Como sou teimosa nos afectos que tenho pelas coisas, pelo seu respeito e dignidade, das rodelas do tronco fiz uma cadeira, onde, volta e meia, os pássaros pousam e eu me sento.
Continuamos, assim, íntimos.
E a maravilha é que no lugar da velha nasceu uma nova que, por acaso, cresceu depressa embora ainda tenha troncos de criança.
São assim os ciclos do que não se domina.
Beijinhos
Quem sabe não voltas a ter vidas novas nesse ninho de 2 anos...
Estamos nesse tempo :)))
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