Da cabeça pensante e de outras, as físicas,
se fazem os dias de clausura. E as noites de pesadelos antigos. Sempre os mesmos lugares e gente conhecida. Como é possível, depois de anos de tantos dias e acontecimentos, o meu cérebro a dormir inventar outros?Lembro-me do emaranhado dos pinhais e bosques rasteiros, quando se atravessava para o mar de Cortegaça: esse era verde e no fim da travessia acocorados, havia as dunas e o azul.
Observei-as ontem, com a minha incompreensão antiga, do que era futuro no passado: tantos milhares de janelas "a ver o mar"!
2 comments:
Eu acho que não se dorme sempre e noto que a idade transforma o cérebro neste emaranhado. Acontece-me o mesmo e a minha médica já me perguntou se sonho muito e que tipo de sonhos. Sabes a que conclusão chego? Os sonhos passaram a ser diferentes, cansaram-se de ser sonhos e andam todos numa grande confusão, transformaram-se num desassossego permanente.
Os sonhos são noutros sítios conhecidos, outras pessoas=iguais. É como uma vida dupla, ou um teatro, onde não me reconheço espectadora, entro no texto com papeis diferentes. Por vezes apenas levito sobre "o ninho de cucos". E era isso como dizes, confusão e desassossego. Mas enredados nos arames da mente (já) cansada. Abç
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