Vulgarizou-se o termo da peça de Samuel Beckett, esperar o que "se espera" e demora, e nem se sabe se acontece.
Para mim, ainda antes de conhecer Beckett na minha adolescência, preferia agir a esperar. O tempo que se balança indefinido é-me mais penoso que o "acontecimento".
Ah... e geralmente não gosto de surpresas!
Mas o imponderável das ligações aos vários outros foram-me formatando os pés das decisões.
Já os tenho defeituosos e já me sinto manca nos dias.
Então recordo os contos da Carochinha da infância, esses pormenores que me ficaram na memória e que, tantas vezes, representam a realidade. Claro que pequenita era eu demais para saber "da realidade" e as suas faces perversas.
E por isso lembro mais agora a "Branca de Neve" e as suas perguntas ao espelho, a "Gata Borralheira" e o sapato de cristal, o "Príncipe com Orelhas de Burro" afinal inteligente.
Tal como o conto, de que não lembro o nome, em que a "fada má" fazia com que "a princesa, o palácio" ficassem adormecidos durante 100 anos. Todas as pessoas, os bichos... todas as coisas em estátua.
Sinto que nem 10 posso esperar!
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1 comment:
Mas a espera ajuda a reflectir.
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