De pensamentos inquietos que rodam e enrodilham. Nestes dias em que algumas notícias chegam, também de pessoas que nem conheço mas que considero conhecidas. Outras que me vieram à memória.
O absurdo do "sofrimento", sofrer continuadamente, algo que me assusta muito. Saber e sentir a dor. E veio-me à ideia uma exposição de desenhos de Goya, de bruxas e mulheres velhas. Não que aprecie particularmente as obras do pintor espanhol mas esta exposição - onde não se podia tirar fotografias - provocou-me sobressaltos. De certo modo, transtornou o meu bem estar na altura em que andei por lá, 2015. Esta noite pensei em algo de que agora não me lembro... mas tinha a ver, não com fantasmas, mas com ataques ou cercos à integridade física e psicológica. E as imagens das bruxas, das sombras antigas, a pairar na mente.
Subimos a vida, uma bela escadaria azul que nos promete a claridadeO contorcionismo que fazemos para nos adaptarmos às realidades, das pessoas, dos acontecimentos
O carrossel onde somos obrigados a girar, a magia que imaginamos encontrar
e apenas uma pequena abertura entre duas metades de nós: a vida e a morte.
As pessoas que se foram em outros anos, nestas épocas, Março/Maio.
São assim as tristezas, um assalto de vultos mal definidos. Curiosamente, ouço-lhes as vozes, eu que mal ouço no presente. Como num eco de sons vindos do espaço.
O espaço que ignoro onde esteja na minha cabeça.
1 comment:
Apenas marco presença silenciosa. O que importa é o que vi e li aqui.
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