Todo este tempo - um ano após andarmos a passear e a correr à beira mar! - me dá vertigens. Vertigens da vida que somos forçados a levar, neste momento em que sair é "não poder sair". E não é que eu saia muito... anyway, não gosto de ser forçada, nunca gostei. Procurei escapar às normas estritas sempre que possível no meu percurso, derivando, dissimulando, escondendo, inventando.
Deixo um apontamento pensado neste dia já Fevereiro-cinza-nevoento, como anseio. Que possa manter este lugar em que vivo, conservado há 40 e muitos anos, com porta de fechar e vidros de evitar. Tão habitado foi, conhecido e sossegado, rodeada das mil e uma coisas de viver; e ainda...
observar e fruir da beleza, lá longe, nos espantosos momentos do dia e da noite
sentar-me numa pedra e ver como a terra desdobrada à frente é linda
caminhar pela maré vaza, os rochedos e o sargaço de bom cheiro, do tanto a Norte
e viver, sentir, estar, com a minha flor amarela, a minha pequena Primavera.
Coisas simples - como fazer uma sopa de letras - e tão difíceis me parecem.
1 comment:
A luz, as sombras e as cores muito belas de uma prece, a tua.
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