Thursday, July 2, 2020

De crenças e descrençs

Acordei perplexa. A pensar nos rastos e restos dos sonhos. Casas, pessoas, diálogos e sítios onde, em sonhos, já fui, já estive. Será possível que se visitem lugares, a dormir, em que já sonhámos ou onde estivemos em sonhos?
Nem descrente, nem incrédula.
Descrédula, sendo que não há uma interrogação mas uma negação daquilo em que acreditei.
Não de propósito, apareceu-me um terraço.
Não há nenhuma ligação entre o que, sempre, desejei e o que, nunca, consegui. Um fio de aranha ao vento dos quereres que todos ignoram.

São lugares apenas. Onde se me espraiam  as vontades.


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