Foi um dia em que alguém muito antigo, muito antigamente chegado, desapareceu. Vivia apenas num cantinho do meu coração, do meu romântico coração cheio de prateleiras. Não preciso de me pôr em cima de um banco para lá chegar, ao pó dos anos.
Deveria deitar fora as velhas cartas embrulhadas em papel de flores?
Têm-me vindo à lembrança muitos risos e sorrisos, muita cumplicidade, muitas coisas em conjunto, até roupa... Como sou capaz de me lembrar além das imagens e palavras, as cores, os sítios, os gostos? Slides e slides no meu cérebro, passando sem ruído, como um filme mudo e sem fim.
Ainda, às estrelas longínquas, não lhes chegou a hora das mortes.
Graciosos eram ambos. E, apesar de incomensuráveis distâncias de pensamentos, atitudes, opiniões, é assim que me lembro deles.
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