Entram, saem, telefonam, dizem e dizem-se.
Estranheza de me sentir "separada" de tantas coisa havidas e a haver.
Ontem vi um documentário de Luchino Visconti, um realizador de que me lembro a seguir à primeira década de vida.
"Aimez-vous Brahms", 1961, música-tema do filme que me ecoa nos ouvidos. Françoise Sagan e a sua irreverência à época, os seus amores tempestuosos, as amarguras de um tempo que não era ainda o meu mas já o vislumbrava solto e preso, com mais horas de desconforto, ou desgosto, que de alegria.
Sempre com a beleza e ternura dos gestos inacabados
Soltaram-se e partiram-se mãos e amarras. São estas mais psicológicas que materiais
A lembrar gestos e pessoas, de como éramos diferentes. Uma vez vestimos blusas iguais, saias parecidas, era tudo de Londres e das mocidades bonitas.
A extravagância de sermos, ou nos fazermos, de gostos idênticos...
Poucos anos a seguir nos enfaixavam e afastavam, os homens e as vidas incomuns
Na beleza dos gestos antigos as encontro, as "Três Graças".
E suspiro, décadas de afastamento, se dias seguidos em anos nos vimos e falamos.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
E é tudo tão efémero...
Post a Comment