os pinhais e as veredas, as pedras que surgiam do nada, no meio da natureza, com musgos e líquenes verde claro,
o vento, o sal, as algas com que fazia tranças, duma praia a outra, sempre a olhar o mar, as cantigas "Tous les garçons et les filles", e tantas que ainda hoje as sei de cor,
as camas de areia entre as dunas, umas flores amarelas com folhas como verniz,
os olhos rasos,
as palavras e o amor, a amizade e o sonho,
a ilusão e o realismo: que flutuavam apenas entre o rosa e o negro, a fuga e a presença, o escondido e o descoberto.
Onde está toda esta gente?
Os seixos do jardim: que os conheço de os ter carregado. Porque o pai tinha sempre uma missão, um objectivo de trabalho e não-distracção. "O que fizeste hoje, para o corpo e para o espírito?", a pergunta do fim do dia, desde que me lembro, teria eu 6 ou 7 anos?
Mil adolescências, momentos, mitos estilhaçados. Poesia nos pinhais.
Vento outra vez.