Olho o céu aqui, numa nesga dele, as dispersas nuvens em ondas que vêm dali. Passam o mar de todas as águas, os canaviais que já não estão, o "Monte Caulino" que deixou de existir, as camélias brancas que ninguém colherá por e para mim, os caminhos de praia e as pedras da vazante.
Tenho pena de não acreditar na vida depois da morte, sinceramente. Para sempre calados os segredos com os amigos desaparecidos.
Gostaria de dar uns abraços, ajustar umas contas em dívida ou em dúvida, sei lá... saber respostas a perguntas soterradas.
Mas muito especialmente, pensando nos meus mortos-de-coração, ajustar umas ternuras e afagos que ficaram por resolver.
1 comment:
Pois é, nós os que vamos ficando vamos aprendendo com a vida e comunicando com os que nos deixaram como podemos.
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