Thursday, April 2, 2009

Possivelmente







... sinto o que esta planta sente.
E volto-me para o interior das folhas.
(parece-me que a natureza humana divide, nos canteiros das suas vidas, cada vida. Ou será porque corações são tantas vezes cactos escondidos? Eu gosto tanto do campo e o ser expontâneo crescer flor entre ervas!)

E há também a palmeira que se julga alta, tão frágil nas mãos abertas em azul.
Dobra, não parte. Ainda.

No tronco, as dores do vento.

4 comments:

Justine said...

Também há cactos que têm dentro um coração doce...
Hoje estou "in the mood for love"
(sempre apaixonada por esse filme e pelo "My blueberry nights")
Beijinhos cheios de verde:))

M. said...

"No tronco, as dores do vento". Lindo!

mena maya said...

Gosto do teu olhar sensível de jardineira humana sobre os diversos canteiros da vida!

Tão delicados as palmeiras , a papoila e os lírios(?) maiglöckchen(?).

jlf said...

Registo "... sinto o que esta planta sente.
E volto-me para o interior das folhas."

Mas, na verdade, onde a tua particular veia poética mais vibra é nesse registo final: "No tronco, as dores do vento"!...

Gostei. De mais.

jl