Sunday, August 31, 2008

Contar

...os anos pelos sulcos deixados pelas folhas caídas,
um a um,
cheios e vazios.






De como a morte das madeiras sem pessoas.

As portas pregadas de vozes.
A leiteira que pousava ali o canado.
O pão fresco da manhã na canastra.
Sons e tantos que ali passavam e começavam os dias.

5 comments:

Justine said...

O cheiro a manhãs húmidas e cristalinas, o sabor do pão e o som do vento nas árvores. Podemos ir contando os anos também pelos sulcos no rosto...

mena maya said...

Dói ver o estado de abandono, as ruínas...
Que sorte termos uma cópia intacta dentro de nós!

Teresa David said...

Gostei muito de ver este teu albúm de recordações onde poucas palavras muito dizem. Obrigada por me incluires no teu grupo de gente que gostas, e, já adicionei aos favoritos para, dentro das minhas possibilidades, vir até aqui espreitar mais momentos e rostos que fazem parte da tua vida e tão gentilmente e de forma bela estás a partilhar connosco.
Bjs
TD

jlf said...

Surprise!
Se palavras houvera, não seriam do colorido que sugeres.
Nem seria necessário referir o modo de folhear o secreto álbum.
Às preciosidades só há um modo de as observar: com cuidados, muitos.
Apetecia-me muito mais dizer e até comparanças fazer...
Mas quedo-me por aqui.
(Até já).
Até sempre
Grande abraço
zl

M. said...

Recordar é viver. Ainda que de outro modo.