Ainda não é hoje que falo contigo de ti.
Não deitei fora as tuas cartas, nem sei se conseguirei fazê-lo. As da M.A. reli-as e rasguei-as, talvez há um ano?
Um dia destes, ao folhear fotografias, descobri que tens-tinhas um lugar onde nunca escreveste nada mas que mostra uma fotografia que eu tirei, há muitos anos, da tua varanda. Em 2010.
Talvez no dia dos teus anos, quando me lembrar do que gostavas há décadas: abóbora cristalizada e violetas. Que eu te dava, com risos que foram rareando no tempo.