Wednesday, October 25, 2017

Das praias e coisas delas

Remoendo os lugares que nos magiciam, nos tornam mágicos, momentos de pura beleza e tranquilidade. O tempo que passo, tempo não-perdido, a focar a (simples) máquina e o olhar, tentando ver os pormenores e as poses elegantes das aves. Observando mais uma vez o mar a sul, a candura das ondas, a areia imensa e intocada. A ria, o colorido dos seus braços e barcos. O fim do dia. Quando todas as tardes vejo andar o sol, com as suas pernas de luz, de uma ponta à outra do horizonte, notando-lhe a declinação, o arco cada vez mais baixo. Todas são deste ano e não foram poucas, duas mil, repetidas que sejam!
Esqueci-me de as retocar, abrilhantar as cores, cortar sombras. São irrepetíveis, são tão minhas!




O barqueiro que já conhecemos há anos e nos conta coisas dos sítios e das pessoas dali. Foi pescador no mar alto, velho curtido pelos ventos e sol: nunca deixou de amar o mar e por isso vive perto dele, sabe todos os caminhos da ria, faz as travessias de vez em quando, sempre sorrindo, sempre cortês. 


















Ainda havia andorinhas, já não no mesmo sítio, apareciam ao fim do dia, nos seus vôos longos e rápidos: gostava de saber se preparavam a migração, se algumas eram de Maio, se os pais, se os filhos...

De nuvens, há muitas: esta parece-me um adeus