Passeio.
Entraram e saíram da minha vida como se se passeassem nela. Não limpavam os pés à entrada, deixaram marcas e, tantas vezes, nem ouvia a porta (da vida) bater: de repente o vazio ou o silêncio.
Pessoas, amigas, amores.
Vivos sem rosto ou mortos no tempo.
Se procurasse, fazia uma lista grande de desaparecidos; ou apenas, e tão somente, dos que não sei o destino.
De Mário Cesariny a parte do poema "You are welcome to Elsinore", lugares míticos.
"...
Ao longo das muralhas que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsinore
..."
Monday, August 15, 2016
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