Tuesday, November 27, 2012

A medida do desânimo






Encostada a uma parede.
A torneira e o torno.


Em que medida cabe,
em que medida me afecta?
Em que prensa se esmagou a veia e a claridade,
o som da alegria e o azeite do desejo?

Em que pedras, em que moinho se me ficou o grão?

São dias de silêncios, dentro e fora.

Sunday, November 25, 2012

Aos meus idos


Do incêndio
ficamos na beira da estrada
nós, os jovens troncos.





Olhamos e falamos com pedras
e montes
pela penúltima vez.
Voltaremos na cinza dos lares
com a chuva
que nos dará  a liberdade
de sermos
inexorável regresso à terra.